O exemplo mais acabado do seu particular modo de entender a arquitetura e o urbanismo é o Palácio de Cnossos, enquadrado na tendência de construção de grandiosos palácios com dimensões fora do vulgar. Os edifícios palatinos desenvolvem-se invariavelmente de dentro para fora, o que resulta na criação de pátios retangulares (depois servirão de base à elaboração dos agora gregos), e numa quase negligência verificada no tratamento de fachadas. Com a presença de vários pátios e a sua repetição ao longo de grandes áreas, o edifício toma um aspeto labiríntico.A organização dos vários compartimentos faz-se em torno do pátio, ponto essencial de iluminação. Apesar da sensação de labirinto dada pela disposição dos pátios e compartimentos, o palácio é uma estrutura muito bem organizada, com espaços específicos para cada atividade ali desenvolvida. A área residencial revela uma forte divisão entre os espaços próprios para o desempenho de atividades governativas e os espaços privados, para além de ser apetrechada com um grande número de comodidades.
A civilização micênica se desenvolveu no final da Idade do Bronze, na área do Peloponeso grego. Esta etapa histórica faz parte do chamado período pré-helênico helênico. O nome deriva de uma de suas principais cidades, Micenas, fundada, de acordo com uma das hipóteses existentes, pelos Acaus.
Essa cidade deu o nome a uma das civilizações mais importantes da época e influenciou bastante a Grécia clássica posterior. Geralmente, o micênico é enquadrado entre 1600 aC e 1150 aC, aproximadamente.
Os Minoicos, designação dada aos Cretenses por habitarem a ilha do lendário rei Minos, alcançaram o seu período de apogeu entre 2000 e 1400 a. C. (coincidente com o período intermédio), antes de terem sido destruídos pelos Micénicos, famosos como povo guerreiro, que conquistam Creta, recebendo a influência cultural minoica ainda por largo tempo.
As cidades mais importantes da civilização minoica são Faisto, Mália e Cnossos, cujo palácio (1650 a. C.) nos dá a perceção da dimensão e importância do seu poder durante a época de apogeu, nomeadamente através das realizações artísticas. Uma das suas maiores expressões é a arquitetura, que está de acordo com um bem estruturado urbanismo, de onde transparece a importância das relações sociais e comerciais, dado que eram basicamente um povo de mercadores.
A expansão da Pérsia somente foi possível graça ao empreendedorismo dos imperadores que estiveram no seu poder.
Todos os povos conquistados pelo Império Persa tinham de pagar imposto, mas não eram obrigados a deixar de lado os seus costumes ou a sua língua.
Os persas foram um dos primeiros povos a realizar uma reforma política e administrativa. Era preciso organizar a população que havia sido conquistada. Assim, a reforma administrativa, realizada no governo de Dario deu origem às satrapias - províncias governadas pelos sátrapas. Estes eram considerados os “olhos e ouvidos do rei”, pessoas de confiança encarregadas de vigiar os sátrapas.
Desse modo, o sistema político e administrativo da civilização persa possuía um nível de complexidade maior em relação a outras sociedades do período.
Uma das primeiras civilizações a se organizarem na região da Mesopotâmia foram os sumérios, que tiveram sua primeira cidade-Estado em Kish e mais tarde se expandiram fundando outr.as (Ur, Uruk, Eridu e Lagash).
A organização destas cidades era constituída de um governo autônomo, que controlava a população da cidade, seu entorno que era explorado (agricultura, rebanhos e minérios)e de uma identidade cultural comum (língua, costumes e religião), desse modo, a soma dessas características definem o conceito de cidade-estado.
Os sumérios souberam aproveitar o regime de cheias dos rios, organizando grandes contingentes de mão-de-obra para o trabalho agropastoril e também para a construção de canais de irrigação, os quais permitiam expandir as regiões de cultivo, aumentando produção e riqueza para o rei e sua corte, já que nem todos os cidadãos compartilhavam desta abundância
Historiadores e arqueólogos destacam a beleza dos palácios de Micenas, Tirinto e Pilos. Além disso, sua importância foi além de sua estrutura arquitetônica, pois eram os centros de administração dos reinos micênicos.
Sua arquitetura prova que eles reuniram a influência daqueles construídos pela civilização minóica, com alguns aspectos semelhantes.
Essas grandes estruturas foram organizadas em torno de vários pátios. De lá, você pode acessar salas de tamanhos diferentes, com funções de armazenamento, residência ou oficinas. No centro do palácio estava o Megaron, a sala do trono. Os edifícios, pelo que se sabe, tinham apenas um andar de altura.
Entre os primeiros exemplos da arquitetura persa, destacam-se pequenas casas feitas à base de argamassa e tijolos de barro cru e secos ao sol, descobertas em várias obras neolíticas do ocidente do Irã. As escavações realizadas em Tal-i Bakun, próximo a Persépolis, e em Tal-i Iblis e Tepe Yahya, próximo a Kerman, mostram como as construções eram feitas em torno de 4000 a.C., agrupadas em povoados ou pequenas cidades.
A arquitetura persa se destacou em duas dinastias a Sassânida e a Aquemênida. Tendo em vista que depois da conquista árabe e da introdução do Islã no século VII d.C., a escultura perdeu lugar para a arquitetura, que conheceu a partir de então um período de grande esplendor. A pintura chegou a ter alguma importância entre os séculos XIII e XVII. No século XX, essas antigas formas artísticas foram recuperadas, combinando os modelos tradicionais com a tecnologia ocidental e os novos materiais.
Na arquitetura, os sumérios construíram os Zigurates: eram vários observatórios astronômicos dotados de significativa precisão para estudar o céu. As diferentes formas de culto às forças da natureza implicavam em acompanhar as suas manifestações, fazendo com que tanto os sacerdotes como os estudiosos se valessem do conhecimento em astrologia, matemática e arquitetura, para a construção dos templos e dos palácios.