Galeria de mapas mentais Campylobacter e famlilia Pastereulaceae(GRAM Negativas)
O gênero Campylobacter (causando 210 milhões de casos de diarreia anualmente devido a Campylobacter jejuni) e Helicobacter pylori (um carcinogênico classe I para câncer gástrico) representam uma importante ameaça de doenças zoonóticas. Sua forma espiral (2-5 μm de comprimento) e propriedades microaerofílicas (5% O ₂ ideal) são adequadas para o ambiente do trato digestivo. Pasteurella multocida da família Pasteurella pode causar cólera aviária (com uma taxa de mortalidade de 80%). A pesquisa mais recente mostra que a taxa de resistência dos isolados aviários às fluoroquinolonas atingiu 67%, e há uma necessidade urgente de desenvolver soluções alternativas, como a terapia de fagos.
Editado em 2025-01-28 10:54:46Estas famílias bacterianas Gram negativas incluem três grandes grupos de doenças: rickettsia (transmissão transmitida por carrapatos, com uma taxa de mortalidade de 20%), agalacte (a principal causa de mastite bovina) e Coxsackievirus (o patógeno da febre Q). A característica comum é o parasitismo intracelular especializado (excluindo Baton), manifestado clinicamente como síndrome da erupção cutânea da febre. O raquitismo familiar em casos especiais está associado à bactéria comensal Wolbachia. O padrão ouro para o diagnóstico é PCR (sensibilidade 92%), e doxiciclina é o tratamento preferido, mas cuidado deve ser tomado contra a medicação pediátrica. As cepas resistentes aos antibióticos recentemente descobertas em 2023 têm atraído a atenção da comunidade acadêmica.
O gênero Campylobacter (causando 210 milhões de casos de diarreia anualmente devido a Campylobacter jejuni) e Helicobacter pylori (um carcinogênico classe I para câncer gástrico) representam uma importante ameaça de doenças zoonóticas. Sua forma espiral (2-5 μm de comprimento) e propriedades microaerofílicas (5% O ₂ ideal) são adequadas para o ambiente do trato digestivo. Pasteurella multocida da família Pasteurella pode causar cólera aviária (com uma taxa de mortalidade de 80%). A pesquisa mais recente mostra que a taxa de resistência dos isolados aviários às fluoroquinolonas atingiu 67%, e há uma necessidade urgente de desenvolver soluções alternativas, como a terapia de fagos.
Estas famílias bacterianas Gram negativas incluem três grandes grupos de doenças: rickettsia (transmissão transmitida por carrapatos, com uma taxa de mortalidade de 20%), agalacte (a principal causa de mastite bovina) e Coxsackievirus (o patógeno da febre Q). A característica comum é o parasitismo intracelular especializado (excluindo Baton), manifestado clinicamente como síndrome da erupção cutânea da febre. O raquitismo familiar em casos especiais está associado à bactéria comensal Wolbachia. O padrão ouro para o diagnóstico é PCR (sensibilidade 92%), e doxiciclina é o tratamento preferido, mas cuidado deve ser tomado contra a medicação pediátrica. As cepas resistentes aos antibióticos recentemente descobertas em 2023 têm atraído a atenção da comunidade acadêmica.
O gênero Campylobacter (causando 210 milhões de casos de diarreia anualmente devido a Campylobacter jejuni) e Helicobacter pylori (um carcinogênico classe I para câncer gástrico) representam uma importante ameaça de doenças zoonóticas. Sua forma espiral (2-5 μm de comprimento) e propriedades microaerofílicas (5% O ₂ ideal) são adequadas para o ambiente do trato digestivo. Pasteurella multocida da família Pasteurella pode causar cólera aviária (com uma taxa de mortalidade de 80%). A pesquisa mais recente mostra que a taxa de resistência dos isolados aviários às fluoroquinolonas atingiu 67%, e há uma necessidade urgente de desenvolver soluções alternativas, como a terapia de fagos.
Campylobacter e famlilia Pastereulaceae(GRAM Negativas)
Campylobacter:
Zoonose:
Habita o intestino de animais, com transmissão para humanos através da ingestão de alimentos mal cozinhados.
Espécies relevantes:
C. jejuni,
C. coli
C. upsaliensis.
Patologias:
Gastroenterite:
Doença intestinal autolimitada,
pode durar uma semana ou mais,
caracterizada por dor abdominal e diarreia que pode conter sangue em casos severos.
Complicações Extra-intestinais:
Raras, de natureza autoimune,
como a síndrome de Guillain-Barré e artrite.
C. fetus fetus:
Causa infeções intravasculares, como septicemia, endocardite e tromboflebite.
Diagnóstico:
Cultivo em meios seletivos a partir de amostras de fezes.
Hemoculturas também podem ser utilizadas.
Condições de crescimento:
37°C (algumas até 42°C),
microaerofilia, durante 72 horas.
Morfologia:
Bacilos Gram-negativos com forma de "S".
Características bioquímicas:
Não formadores de esporos, oxidase + e catalase +.
Identificação:
Provas bioquímicas e espectrometria de massa.
Testes de suscetibilidade:
Considerados difíceis de realizar.
Helicobacter pylori:
Habitat:
Humanos e primatas.
Morfologia:
Bacilos curvos e espiralados.
Características:
Catalase positivo e oxidase positivo.
Urease:
Produção de urease que neutraliza o pH ácido do estômago.
Epidemiologia:
Países em desenvolvimento: 70-90% de portadores, principalmente crianças menores de 10 anos.
Países desenvolvidos: Cerca de 40% de portadores.
Gastrite, úlcera gástrica ou duodenal: 70-100% dos doentes são positivos para H. pylori.
Patogenicidade:
Neutralização do ácido:
Pela amônia produzida pela atividade da urease.
Bloqueio da produção de ácido.
Lesão da mucosa:
Por mucinase, fosfolipases e citotoxinas (Vac A, cagA).
Defesa:
Produção de superóxido dismutase e catalase.
Resposta: Hipersecreção ácida e libertação de IL-8.
Inflamação:
IL-8 atrai PMN, que libertam proteases e moléculas reativas de oxigénio, causando gastrite e úlcera gástrica.
Doenças:
Gastrite
úlcera péptica,
adenocarcinoma gástrico
Linfoma gástrico de células B.
Outras espécies:
causam gastroenterite e bacteremia em imunocomprometidos.
H. cinaedi
H. fennelliae
Diagnóstico:
Biópsia gástrica:
Para cultura em meios como Brucella agar com sangue de carneiro.
Incubação:
3-6 dias a 37°C em microaerofilia.
Morfologia:
Bacilos Gram-negativos curvos.
Testes bioquímicos:
Urease positivos
catalase positivo
oxidase positivo
TSA(Teste de sensibilidade a antibióticos)
Outros testes:
Deteção de urease no ar expirado (não específico)
biópsia gástrica em meio com ureia,
pesquisa antigénica nas fezes.
Tratamento:
Antiácidos e antimicrobianos (macrólidos e beta-lactâmicos).
Casos assintomáticos não necessitam de tratamento.
Uso de protetores para refluxo.
Haemophilus:
Morfologia:
Bacilos (cocobacilos) Gram-negativos pequenos e pleomórficos.
Exigências nutricionais:
Muito exigentes em cultura.
Crescimento:
Não crescem em agar-sangue,
exceto ao redor de colónias de Staphylococcus aureus (satelitismo).
Crescem em gelose-chocolate
Crescem em meios com IsoVitaleX.
Fatores de Crescimento:
Necessitam dos fatores X (heme)
V (NAD).
Metabolismo:
Fermentação de carboidratos é escassa.
Espécies
H. influenzae,
H. ducreyi,
H. aegypticus,
H. aphrophilus,
Especies comensais
H. haemolyticus,
H. parainfluenzae
H. parahaemolyticus.
Doenças causada por outras estirpes:
H. aegypticus:
Conjuntivite aguda
febre purpúrica do Brasil.
H. aphrophilus:
Endocardite
pneumonia.
H. ducreyi:
Cancroide (cancro mole), uma IST.
Diagnóstico:
Amostras:
Secreções, pus, sangue e líquor (LCR).
Exame direto:
Coloração de Gram.
Exame cultural:
Meios com fatores de crescimento.
Identificação bioquímica.
Crescimento:
Na presença de fatores sanguíneos.
TSQ:
Produtor de beta-lactamases.
Prevenção:
Vacina para o tipo b
profilaxia para contatos.
Haemophilus influenzae:
Caracteristicase patogenicidade:
Estrutura Antigénica:
Polissacarídeo capsular (6 tipos de a-f, com o tipo b sendo o mais relevante).
Polirribose-ribitol fosfato:
Componente do polissacarídeo capsular do tipo b.
Lipooligossacarídeo:
Endotoxina.
Exotoxinas:
Não produz exotoxinas.
Diagnóstico
Testes:
Oxidase + e catalase +.
Presença:
Pode estar presente nas mucosas do trato respiratório.
Tipos:
Estirpes capsuladas (tipo b)
não capsuladas (comensais).
H. influenzae:
Meningite (principalmente em crianças de 5 meses a 5 anos), otite,
sinusite,
epiglotite,
pneumonia
celulite
artrite.
Doenças Tipaveis e não tipaveis:
Doenças do tipo B:
Meningite
Pneumonia
empiema,
epiglotite aguda,
celulite
artrite séptica.
Doenças de estirpes não tipáveis:
Bronquite crónica,
otite
conjuntivite.
Actinobacillus:
Actinobacillus actinomycetemcomitans:
Morfologia:
Cocobacilo Gram-negativo.
Crescimento:
Lento.
Doenças:
Periodontite
endocardite,
abcesso
osteomielite.
Pasteurella:
Morfologia:
Cocobacilos Gram-negativos, não móveis.
Metabolismo:
Aeróbios ou anaeróbios facultativos.
Crescimento:
Crescem bem em meios de cultura habituais, a 37°C.
Testes:
Oxidase + e catalase +.
Relação com animais:
História de mordedura animal.
Sintomas:
Dor local, eritema e gânglios aumentados, febre moderada.
Manifestações:
Bacteremia ou infecção respiratória crónica.
Susceptibilidade:
Suscetível à maioria dos antimicrobianos.
Espécies:
P. multocida:
Habita o trato respiratório e gastrointestinal de muitos animais domésticos e selvagens, causando doenças em múltiplos órgãos.
P. haemolytica:
Mais comum em gado, doença humana rara.
P. pneumotropica:
Associada a mordeduras de animais.
P. ureae:
Causa infeção respiratória crónica ou infeções purulentas.
Brucella:
Incubação:
1 a 4 semanas.
Início:
Insidioso com febre, cefaleias e suores.
Sintomas
Fase aguda:
Alterações Gastrointestinais,
Alterações do SNC,
aumento de gânglios e baço,
hepatite e osteomielite.
Fase crónica:
Cansaço e febrícula.
Vias de infeção:
Leite não pasteurizado,
contacto com animais infectados,
placenta, urina, fezes e tecidos de animais.
Doença ocupacional, alto risco de contágio em laboratório.
Entrada:
Através dos gânglios linfáticos, canal torácico, sangue e órgãos parenquimatosos.
Patologia:
Nódulos granulomatosos e abcessos nos tecidos linfáticos, fígado, baço e medula óssea.
Osteomielite, meningite e colecistite também são possíveis.
Diagnóstico:
Amostras:
Sangue, material de biópsia de gânglios e medula óssea.
Hemoculturas:
Utilização de Isolator.
Exame direto:
Bacilos Gram-negativos frequentemente intracelulares.
Exame cultural:
Agar-sangue, brain-heart e agar-chocolate, CO2, 35-37ºC, durante 3 semanas.
Diagnóstico indireto:
Serologia (IgM e IgG).
Serologia:
Aumento de IgM nas primeiras semanas, pico em 3 meses, persistindo por 2 anos.
Aumento de IgG cerca de 3 semanas após, pico em 6-8 semanas, frequente evolução para cronicidade.
Provas de aglutinação, reação cruzada com tularemia.
Anticorpos bloqueadores (IgA) da aglutinação de IgG e IgM.
Reação de Wright para detetar anticorpos específicos.
Francisella:
Reservatório:
Animais.
Transmissão:
Mordedura animal,
contato direto com tecidos infectados,
inalação de aerossóis
ingestão de água/alimentos contaminados.
Francisella tularensis:
Tularemia:
Altamente infeciosa (50 microrganismos).
Clínica:
Depende da porta de entrada.
Lesões de pele:
Pápula-úlcera,
aumento gânglios linfáticos.
Lesão oculoglandular.
Contaminação por Aerossóis:
Inflamação peribrônquica e pneumonite localizada.
Febre, mal-estar, cefaleias e dor em gânglios regionais.
Tipos:
Tipo A (mata coelhos, doença humana severa na América do Norte)
Tipo B (roedores, doença humana mais moderada na Europa, Ásia e América).
Diagnóstico:
Morfologia:
Bacilos Gram-negativos pleomórficos.
Serologia.
Exame cultural:
Não é possível em meios de cultura habituais, necessita de laboratórios de alto nível de segurança.
Diagnóstico Laboratorial
Exame Direto:
Coloração de Gram para identificar morfologia e coloração das bactérias.
Cultura:
Meios de cultura:
Agar-sangue,
chocolate,
Para Brucella agar, meios com fatores de crescimento.
Condições de crescimento:
Temperatura, microaerofilia, CO2.
Tempo de incubação:
Varia conforme a bactéria (ex: 72h para Campylobacter, 3-6 dias para Helicobacter).
Provas Bioquímicas:
Oxidase e catalase:
Testes de atividade enzimática.
Urease:
Identifica Helicobacter pylori.
Espectrometria de massa:
Identificação de proteínas bacterianas.
Outros Testes:
Pesquisa antigénica nas fezes:
Para Helicobacter.
Serologia:
Detecção de anticorpos (ex: Brucella, Francisella).
PCR:
Identificação de material genético bacteriano (ex: H. ducreyi).
TSA (Teste de Sensibilidade a Antibióticos):
Importante para direcionar o tratamento adequado.
Tratamento
Antimicrobianos:
Utilização de antibióticos específicos para cada bactéria.
Antiácidos:
Em conjunto com antimicrobianos no tratamento de infeções por Helicobacter.
Protetores para refluxo:
Importante em casos de infeção por Helicobacter.
Casos assintomáticos:
Não tratar (em alguns casos, como Helicobacter).