Vias aéreas:

Particularidades:

Troca gasosa: Captação de O₂ e eliminação de CO₂.

Termorregulação: Ofegar em cães (termólise por evaporação).

Defesa: Filtragem de partículas por muco e cílios.

Olfação: Papel crítico em herbívoros para detecção de predadores.

Pulmões:

Pleura:

Produzido por pneumócitos tipo II em alvéolos.

Função: Reduz tensão superficial, prevenindo colapso alveolar (atelectasia).

Neonatos: Cordeiros e potros nascem com surfactante funcional; deficiências causam síndrome do desconforto respiratório.

Estrutura: Sacos revestidos por pneumócitos tipo I (troca gasosa) e tipo II (surfactante).

Capilarização: Rede densa para difusão eficiente de gases (ex.: bovinos têm menor densidade capilar que equinos).

Eupneia: Respiração normal (ex.: equino em repouso: 8-16 rpm).

Dispneia: Dificuldade respiratória (comum em braquicefálicos ou animais com pneumonia).

Taquipneia: Aumento da frequência (ex.: estresse, febre).

Apneia: Parada transitória (ex.: durante deglutição em ruminantes).

Espécies:

Varia com tamanho corporal, metabolismo e atividade.

Costal: Predomina em pequenos animais (ex.: cães, gatos).

Diafragmática: Principal em grandes animais (ex.: bovinos, equinos).

Ofego: Respiração rápida e superficial em cães para termorregulação.

Pressão intrapleural: Sempre negativa (-3 a -5 cmH₂O), mantendo pulmões expandidos.

Pressão transpulmonar: Diferença entre pressão intrapulmonar e intrapleural (mantém alvéolos abertos).

Ventilação pulmonar: Movimento de ar pelos pulmões (inspiração/expiração).

Ventilação alveolar: Troca gasosa nos alvéolos.

Espécies: Ruminantes têm menor capacidade de expansão torácica devido ao rúmen.

Acidose respiratória: Retenção de CO₂ (ex.: pneumonia em bovinos).

Alcalose respiratória: Eliminação excessiva de CO₂ (ex.: hiperventilação por estresse em equinos).

Anatomicamente: Traqueia e brônquios (~30% do volume tidal em equinos).

Fisiologicamente: Alvéolos não perfundidos (ex.: edema pulmonar em suínos).

Hemoglobina (Hb):

Curva de dissociação: Deslocada à direita em tecidos com alta temperatura (ex.: músculos durante galope).

Como bicarbonato (HCO₃⁻): 70% (enzima anidrase carbônica em eritrócitos).

Carbaminohemoglobina: 20-30% (mais eficiente em ruminantes).

Bulbo: Geração do ritmo respiratório básico.

Ponte: Regula transição inspiratório-expiratória (ex.: ajuste durante ruminação em bovinos).

Quimiorreceptores:

Nervo frênico (C5-C7): Enervação do diafragma (crucial em equinos para corrida).

Nervos intercostais: Controle dos músculos intercostais.

Sistema autônomo:

Vocalização: Laringe em equinos (relincho) e cães (latido).

Imunidade: Macrófagos alveolares fagocitam patógenos (ex.: bovinos expostos a fungos no feno).

Equilíbrio ácido-base: Compensação respiratória em acidose metabólica (ex.: cetose em vacas leiteiras).

Mecanismo mucociliar: Cílios movem muco para faringe (velocidade reduzida em equinos com infecções).

Espirro/reflexo de tosse: Expulsão de partículas (ex.: poeira em cavalos de estábulo).

Vias superiores: Epitélio pseudoestratificado ciliado com células caliciformes (produção de muco).

Alvéolos: Epitélio simples pavimentoso (permeabilidade para difusão).

Particularidade: Suínos têm maior densidade de células caliciformes nas vias inferiores.

Controle hipotalâmico: Resposta ao estresse (ex.: aumento da frequência em situações de luta/fuga).

Adaptações:

Conclusão: O sistema respiratório de mamíferos domésticos é adaptado às demandas metabólicas, ambientais e anatômicas de cada espécie. Entender suas particularidades é essencial para o manejo clínico, diagnóstico de patologias (ex.: síndrome braquicefálica) e otimização do desempenho (ex.: equinos atletas).