Galeria de mapas mentais Modelo conceitual de saúde
O mapa mental do modelo conceitual de saúde analisa profundamente os determinantes sociais dos processos de saúde e doença, bem como as estratégias de promoção da saúde. Aponta que a saúde não é apenas um estado individual, mas também influenciada pelo ambiente social; O estilo de vida e outros aspectos são determinados conjuntamente. O modelo de características 1.1 revela os problemas existentes no sistema de saúde atual, como o foco excessivo em médicos e hospitais, negligenciando as necessidades gerais dos pacientes e o papel da comunidade. Por meio desse mapa mental, percebemos que, para alcançar a saúde universal, devemos mudar nossa mentalidade, fortalecer a atenção primária à saúde, promover a participação da comunidade e construir um sistema de serviços de saúde centrado nas pessoas.
Editado em 2022-03-11 01:17:25Modelo conceitual de saúde
Determinação social do processo de saúde e doença
1 - No final da década de 1990, Tarlov propôs um modelo que contemplava 5níveis de determinação social da doença, indo do nível individual para o coletivo
1.1 - Biológico, físico e psíquico
1.2 - Estilo de vida
1.3 - Determinantes ambientais e comunitários (família, escola, emprego e outros
1.4 - Determinantes ambientais físicos, climáticos e de contaminação ambiental
1.5 - Estrutura macrossocial, política e percepção populacional.
2 - modelo de Dahlgren e Whitehead é o mais estudado no Brasil.
Idade, sexo e fatores hereditários
Estilo de vida dos individuos
Rede social e comunitario
Condicões Socioeconomicas, Cutturais e ambienais gerais
Condições de vida e de trabalho
Desempenho
Água e esgoto
Seviço social de saúde
habitação
produção agrícula e de alimentos
educação
Ambiente de trabalho
3 - Wilkinson e Marmot (2003) dividem os determinantes sociais em:
3.1 - Gradiente social: a expectativa de vida é menor e as doenças são mais comuns quanto mais baixa fora posição na escala social em cada sociedade.
3.2 - Estresse: circunstâncias estressantes fazem com que as pessoas sintam-se preocupadas, ansiosas e inábeis para enfrentar tais problemas. Contínua ansiedade, insegurança e baixa autoestima, isolamento social e baixo controle sobre a vida têm poderosos efeitos sobre a saúde e podem levar a morte prematura.
3.3 - Infância: um bom início de vida é importante para o desenvolvimento nos anos seguintes da vida. A pobreza durante a gestação pode ter consequências para o desenvolvimento fetal devido à carência nutricional, estresse materno e inadequado cuidado pré-natal
3.4 - Rede social x exclusão social: os desempregados, os de grupos étnicos minoritários, os subempregados, os deficientes físicos, os refugiados e os desabrigados tendem a viver em estresse constante e têm alto risco de morte prematura.
3.5 - Trabalho x desemprego: segurança no emprego melhora a saúde, o bem-estar e a satisfação. Altas taxas de desemprego causam mais doenças e mortes prematuras.
Suporte social: relações de amizade, boas relações sociais e redes fortes de apoio em casa, no trabalho e na comunidade aumentam a saúde.
Comportamentos ou escolhas pessoais: hábitos inadequados de saúde, muitas vezes influenciados pelo ambiente social.
Promoção de saúde
1 - A ideia de que a saúde está relacionada com a qualidade de vida ganhou força com a Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde, realizada no Canadá em 1986. Esse evento gerou como produto a Carta de Ottawa, que, aqui no Brasil, teve repercussões importantes na idealização e regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS).
2 - No Brasil, o conceito de promoção da saúde, o conceito ampliado de saúde e os determinantes sociais estão contemplados na Constituição Federal de 1988, na Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/1990 e em vários outros documentos (BRASIL, 2010)
3 - A PNPS foi redefinida pela Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014, que define como objetivo geral, em seu artigo 6º:
3.1 - Promover a equidade e a melhoria das condições e modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e da saúde coletiva, reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais (BRASIL, 2014).
4 - A nova PNPS tem como diretrizes (BRASIL, 2014):
4.1 - Articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação sobre os determinantes e condicionantes da saúde;
4.2 - Planejamento de ações territorializadas de promoção da saúde, com base no reconhecimento de contextos locais e respeito às diversidades;
4.3 - Incentivo à gestão democrática, participativa e transparente;
4.4 - Ampliação da governança no desenvolvimento de ações de promoção da
saúde;
4.5 - Estímulo à pesquisa, à produção e à difusão de experiências, conhecimentos e evidências que apoiem as ações de promoção da saúde;
4.6 - Apoio à formação e à educação permanente e incentivo ao aperfeiçoamento de habilidades individuais e coletivas para fortalecer o desenvolvimento humano sustentável;
4.7 - Incorporação das intervenções de promoção da saúde no modelo de atenção à saúde;
4.8 - Organização dos processos de gestão e planejamento para fortalecer e
promover a implantação da PNPS com compromissos e corresponsabilidades
para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde vinculados aos determinantes sociais.
5 - A promoção de saúde, como elemento de equidade, deve estar presente integrando a comunidade e a unidade de saúde por meio de ações contextualizadas de acordo com as necessidades do território.
Modelos conceituais de saúde
1 - Modelo biomédico
1.1 Caracteriza-se pelo modelo Individual, Curativo, Centrado na figura do médico, Fragmentado, Especialista, Hospitalocêntrico
1.2 - Tem como abordagem a patogenia e a terapêutica, classificando as doenças segundo forma e agente patogênico
1.3 - Não se debruça sobre a prevenção da doença e não aceita práticas não tradicionais de cura. Ele prioriza o diagnóstico e a cura.
2 - Modelo processual
2.1 - Baseia-se no modelo de História Natural da Doença proposto por Leavell e Clark em 1976
2.2 - Constitui como um avanço quando comparado ao modelo biomédico, por reconhecer que as características sociais ou relacionais do indivíduo interferem na chance de adoecer, na forma como ele adoece e na repercussão da doença
2.3 - História natural da saúde
2.3.1 - A) Vertente Epidemiológica
2.3.2 - B) Vertente Patológica
2.3.3 - C) Desenlace
3 - Modelo sistêmico
3.1 - Reconhece que fatores políticos e socioeconômicos, fatores culturais, fatores ambientais e agentes patogênicos estão relacionados sinergicamente de forma que, ao ser modificado um dos níveis, os demais também serão afetados
3.1.1 - Fatores políticos e socioeconômicos planejamento urbano e condições de moradia
3.1.2 - Fatores culturais armazenamento de água em local impróprio ou sem manutenção adequada, descarte indevido do lixo
3.1.3 - Fatores ambientais proliferação de mosquitos do gênero Aedes aegypti
3.1.4 - Agentes patogênicos vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV3 ou DENV-4)
4 - Modelo mágico-religioso
4.1 - Marcado pela noção de pecado-doença e redenção-cura
4.2 - Permanece presente na ideação de saúde atual
5 - Modelo de determinação social da doença
5.1 - As sucessivas mudanças na forma de pensar a doença, a preocupação com o bem-estar e conceito ampliado de saúde geraram uma nova concepção: a determinação social da saúde e da doença